Procissões prestam homenagem ao homem do mar

A festa do Homem do Mar da Nazaré decorreu no passado fim de semana com procissões em terra e no mar. Tratou-se de uma homenagem aos profissionais das pescas.

A festa do Homem do Mar da Nazaré decorreu no passado fim de semana com procissões em terra e no mar. Tratou-se de uma homenagem aos profissionais das pescas.

A Nazaré vive das pescas, uma profissão árdua, e a festa do Homem do Mar pretendeu homenagear esse esforço, as pessoas, os pescadores e a sua importância na comunidade local, num evento organizado pela Paróquia da Nazaré.

“Poder relembrar a importância dos pescadores e valorizar a sua vida, porque é um trabalho duro”, foi o intuito da iniciativa, manifestou o pároco da Nazaré, Salvatore Forte.

Depois da missa no areal e da procissão em terra, embarcações transportaram as imagens dos santos de devoção da comunidade piscatória local. Ao todo participaram mais de duas dezenas de barcos, alguns dos quais levaram as imagens sagradas, onde se incluía uma, de Nossa Senhora da Boa Viagem, vinda de Peniche.

A procissão marítima deu as três voltas tradicionais à enseada da Nazaré, o que encantou as gerações mais novas. “É muito interessante e bonito, acho diferente ver os barcos decorados em procissão”, comentou a jovem Rita Mateus.

A nazarena Cinira Vagos emocionou-se. “Toca-me no coração porque o meu pai morreu no mar. É uma homenagem justa a todos os que trabalham no mar, uma atividade que não é bem paga”, declarou.

Esta tradição regressa ao seu formato original dois anos depois da declaração da pandemia, que obrigou a várias alterações.

A festa decorreu numa altura de regresso à faina da sardinha, que reabriu na passada segunda-feira, tendo a frota portuguesa 29.400 toneladas de limite global de descargas de capturas com a arte de cerco para 2022. Esta quota deve ser repartida entre o grupo de embarcações cujos armadores ou proprietários são membros de organizações de produtores e o que não são membros, correspondendo a cada um dos grupos, respetivamente, 28.959 toneladas e 441 toneladas.

Os pescadores de Peniche e da Nazaré esperam uma boa campanha de pesca da sardinha. Vai ser possível apanhar mais peixe e com o fim das restrições da pandemia aguarda-se a retoma do turismo e o regresso das festas populares, com mais consumo de sardinha.

Desta vez os pescadores da Nazaré e de Peniche mostram-se satisfeitos com a quota atribuída a Portugal, depois de vários anos muito limitados para permitir a recuperação do ‘stock’ da sardinha.

“Nós queremos sempre mais, mas o mercado é que vai dar essas indicações”, afirmou Octávio Farto, mestre da embarcação “Guerreiro do Mar”.

Ou seja, não basta apanhar a sardinha, há que conseguir vendê-la a bom preço. Daí que haja quem defenda que o limite diário de captura deveria só ser aumentado quando a sardinha estivesse com níveis mais altos de qualidade.

“Aumentaram o limite de captura mas inicialmente deviam reduzir para quando a sardinha tiver um valor comercial e uma qualidade melhor de gordura se aumentar um pouco mais o limite diário”, disse Ernesto Copa, mestre da embarcação “Princesa das Ondas”.

Uma coisa é certa. Sardinha não falta no mar e as possibilidades de pesca permitem ao setor apanhar um pouco mais do que em 2021 e ter um limite diário um pouco maior, iniciar a atividade mais cedo e operar até ao final de novembro, contribuindo assim para a estabilidade do setor.

“Nós esperamos uma época melhor, visto que temos mais quota e isso temos de agradecer. Talvez seja um bocadinho cedo porque a sardinha não tem ainda aquela qualidade que esperamos, mas temos uma boa expetativa, porque há muita sardinha em vista. Não é aquela tolerância zero que se falou há uns anos, está fora de questão porque o que vimos no mar é muita sardinha”, vincou Joaquim Zarro, presidente da Associação de Armadores da Nazaré.

Esperando que haja bastante consumo de sardinha, os pescadores regressam à faina com boas expetativas.

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