Os trabalhadores da fábrica de fibras de madeira Valbopan, em Famalicão, no concelho da Nazaré, fizeram greve aos turnos entre as seis da manhã de dia 29 de abril e as seis da manhã de dia 30, que segundo revelou a CDU da Nazaré em comunicado, fez paralisar por completo a produção, em reivindicação de melhoria das condições de vida e de trabalho.
“Devidamente representados pelo seu sindicato de classe e pela sua central sindical – a CGTP-IN – os trabalhadores, inabaláveis na sua determinação, não arredaram pé da porta da fábrica durante todo o período da greve”, indicou a CDU, apontando que “as reivindicações são muitas, e desde logo as questões salariais colocam-se como matéria central”. “Os trabalhadores da Valbopan queixam-se dos salários cronicamente baixos, alguns, mesmo trabalhando na fábrica há quase quarenta anos, mantêm-se a ganhar pouco mais do que o salário mínimo”, apontou.
De acordo com os comunistas, os trabalhadores “apresentaram também queixas de falta de formação interna, insuficiência ao nível das medidas de segurança individuais e coletivas, necessidade urgente de renovação de fardamentos de trabalho, um refeitório que, depois do incêndio ocorrido em abril de 2021, nunca mais foi disponibilizado aos trabalhadores para fazerem as suas refeições condignamente, bem como as casas de banho permanecem sem as condições necessárias para serem usadas”.
Afirmaram ainda que há cerca de seis anos deixaram de receber diuturnidades (um complemento ao vencimento mensal que visa valorizar o seu tempo de permanência na empresa), fator que “contribui para desmotivar os trabalhadores”.
O vereador da CDU na Câmara Municipal da Nazaré, João Delgado, acompanhou a greve, apresentando a sua solidariedade para com os trabalhadores, e na sessão ordinária da Assembleia Municipal da Nazaré, Samuel Fialho, deputado municipal da CDU, deu grande relevância à questão.
