PSD das Caldas lança petição contra “um dos piores momentos do hospital”

“Num dos momentos mais críticos da vida do hospital”, o PSD das Caldas lançou na segunda-feira uma petição à Assembleia da República (AR) pela melhoria dos serviços da unidade e também pela construção do novo Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha.“ O objetivo é abrir a discussão à sociedade e unidos lutar por melhor saúde no concelho”, afirmou Daniel Rebelo, presidente da Concelhia das Caldas, numa conferência de imprensa que decorreu no Hotel Sana.

“Num dos momentos mais críticos da vida do hospital”, o PSD das Caldas lançou na segunda-feira uma petição à Assembleia da República (AR) pela melhoria dos serviços da unidade e também pela construção do novo Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha.“ O objetivo é abrir a discussão à sociedade e unidos lutar por melhor saúde no concelho”, afirmou Daniel Rebelo, presidente da Concelhia das Caldas, numa conferência de imprensa que decorreu no Hotel Sana.

A recolha de assinaturas pode ser feita de forma presencial, em papel ou online. A petição vai passar por todos os estabelecimentos comerciais e serviços da cidade e será entregue à Assembleia da República com o intuito de discutir a melhoria do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e também pela construção do Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha.

Com o intuito do abaixo-assinado ser mais abrangente, a Comissão Política da Secção do PSD convidou para um encontro todos os partidos das Caldas.

Compareceram à reunião que decorreu depois da conferência de imprensa, representantes do CDS-PP, PCP e Chega e ainda o presidente da Comissão de Utentes do CHO.

Também foram convidados elementos do movimento independente “Vamos Mudar”, o presidente da Câmara das Caldas, representantes do PS e BE das Caldas, que não compareceram.

O deputado da AR, eleito pelo círculo de Leiria, Hugo Oliveira, disse que o PSD dá o primeiro passo, mas o objetivo é “envolver todos os partidos, associações, comissões e todos os cidadãos para que o novo hospital seja uma realidade nas Caldas”. O intuito é também reivindicar melhores condições para o CHO, que se encontra numa “situação de rutura”. “As fracas infraestruturas e falta de recursos humanos não garantem as condições mínimas para a prestação dos necessários cuidados de saúde aos utentes”, salientou o deputado.

“Um ato de cidadania”

Hugo Oliveira esclareceu que o lançamento do abaixo-assinado é “um ato de cidadania e não partidário porque o objetivo é unir todos de forma a pressionar o Governo e garantir o investimento adequado à melhoria das condições de funcionamento do atual Hospital das Caldas, até que o novo Hospital seja uma realidade”. “Queremos ir todos juntos de mãos dadas e lutar pela saúde das Caldas”, vincou o deputado da AR. 

O ex-presidente da autarquia das Caldas, Tinta Ferreira, disse que a petição foi lançada neste momento porque “o hospital está a viver provavelmente os seus piores momentos de sempre, quer do ponto de vista do seu espaço físico, dos seus equipamentos, da sua dificuldade de gestão financeira e orçamental, por força das despesas que tiveram com a Covid-19 e do esgotamento dos profissionais de saúde”.

Por outro lado, adiantou Tinta Ferreira, “discutem-se possibilidades de investimentos futuros do Plano de Recuperação e Resiliência e há oportunidades que é preciso chamar a atenção”.

O ex-presidente sublinhou que “não vai haver brevemente eleições, e é preciso que todos se deixem de divisões políticas e se possam juntar num movimento coletivo comunitário para garantir melhores condições de saúde hospitalares do nosso concelho”. 

Vítor Dinis, na qualidade de presidente da Comissão de Utentes do CHO, frisou que a comissão “não tem qualquer ligação partidária com o PSD” e que compareceu porque foi “convidado e que estará sempre presente em qualquer iniciativa que seja para defender a melhoria do hospital das Caldas”. Referiu que teve “conhecimento que iria avançar uma petição e na medida em que antecipadamente já a comissão tinha dito que iria avançar com um abaixo-assinado, vai agora recuar porque não faz sentido haver duas petições”.

A caldense e ex-deputada municipal do CDS-PP, Sofia Cardoso, disse que se fez representar na prática “de uma cidadania ativa e é o que nos move também enquanto militantes de um partido”. Para Sofia Cardoso, a saúde é um tema “unificador”.

Para Vítor Fernandes, do PCP das Caldas, os problemas do hospital tocam muito ao partido, lembrando que “a luta já vem de há muito tempo e infelizmente ainda não conseguimos dar o passo necessário para ter um hospital com dignidade”. Recordou que já foi uma “referência nacional” e que se degradou com a criação do CHO”. Lamentou ainda o facto de “termos o pior serviço de saúde do país”.

Edmundo Carvalho, do partido Chega, também considera que é preciso despir a camisola partidária e “concentrar mais naquilo que é o bem comum das Caldas e dos cidadãos”. Não acredita que haja um novo hospital do Oeste nos próximos dez anos, pelo que “é preciso lutar por melhorias daquilo que existe”.

VM e PS esclarecem ausência

Vitor Marques, presidente da Câmara das Caldas pelo Movimento Vamos Mudar, disse à imprensa que não compareceu à reunião do PSD porque na última Assembleia Municipal (26 de abril) tinha sido lançada a convocatória por uma reunião da Comissão de Saúde que decorreu no dia 2 de maio, onde os partidos envolventes “estiveram a delinear e definir estratégias para realmente poder seguir com ações para identificar e alertar o Governo sobre os problemas de saúde hospitalares”.

Para Vítor Marques a reunião e petição lançada pelo PSD, “pareceu-nos fora de tempo”, apesar de considerar ser “um direito que assiste aos partidos e aos cidadãos de poderem mobilizar as pessoas para fazer esse tipo de atividades”.

O autarca é da opinião que a forma mais adequada de pressionar o Governo é “através desta comissão e com uma só voz”.

O edil revelou à comunicação social que vai participar na vigília pelo Hospital das Caldas que vai ter lugar no dia 20 de maio, pelas 20h00, organizado pela Comissão de Utentes do Hospital. “Continuo a ser o Vitor e não deixarei, como fiz no passado, de participar na defesa daquilo que são os interesses dos cidadãos”, vincou.  

O presidente revelou ainda que através da Comunidade Intermunicipal do Oeste foi pedida uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e com o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que aguarda marcação.   

O PS das Caldas não se fez representar na reunião, mas enviou um comunicado ao JORNAL DAS CALDAS referindo que “a defesa desta matéria não deve ter cor partidária e deve mobilizar e unir, independentemente da sua orientação política, todos aqueles que queiram contribuir para uma solução para os problemas que o setor da saúde vive no nosso concelho, e foi por este motivo que não participámos na iniciativa promovida pelo PSD local de lançamento de uma petição”.

Diz o documento que as petições são “instrumentos de participação política pensados para dar voz àqueles que, querendo participar ativamente na vida política, o possam fazer fazendo chegar aos diferentes órgãos de representação política aquelas que são as suas legítimas aspirações e pretensões”. Alega o PS que os “partidos políticos que se encontram representados nesses mesmos órgãos não necessitam de recorrer a estes mecanismos para se fazerem ouvir”.

O PS das Caldas transmite através do comunicado o seu empenhamento na defesa intransigente da construção de um novo Hospital e na melhoria das condições em que os cuidados de saúde são prestados nas nossas unidades de saúde”, em todas as instâncias em que se encontra representado: na Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Assembleia Intermunicipal, Assembleia da República e junto do Governo.

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