O PS Cadaval afirma que tem recebido “preocupantes relatos de situações de forte carência nos cuidados de saúde prestados nas unidades de saúde do concelho”, o que levou a estrutura concelhia e seus autarcas a despoletar um leque de ações, de onde se destacam as reuniões com a coordenação da unidade de saúde do Cadaval e com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
De acordo com os socialistas, o centro de saúde do Cadaval “vive graves carências de pessoal médico, ao ponto de já ter estado de portas encerradas”. A presidente da concelhia do PS, Amélia Silva, relatou que “o médico coordenador da unidade demitiu-se no início do ano, refletindo a gravidade das dificuldades que estão a afetar a prestação de cuidados de saúde no concelho do Cadaval numa das mais recentes e modernas unidades de saúde na Região Oeste”.
O vereador do PS na Câmara Municipal do Cadaval, João Reis, apontou a existência de “várias situações de graves constrangimentos nos cuidados primários prestados à população do concelho, com adiamento sucessivo de consultas, incluindo graves carências no acompanhamento de grávidas e crianças”.
A gravidade da situação levou o deputado socialista da região Oeste, João Miguel Nicolau, em conjunto com outros deputados do PS, a expor a situação na Assembleia da República e a questionar o Ministério da Saúde sobre a estratégia e as medidas em curso para suprimir as carências existentes no Centro de Saúde do Cadaval, e “evitar que a situação se deteriore nos próximos meses, como é previsível caso não sejam tomadas medidas urgentes”.
Recordando que em março de 2019 foi inaugurado pelo Primeiro-Ministro e pela Ministra da Saúde o novo Centro de Saúde do Cadaval, batizado como Centro de Saúde António Arnaut, em homenagem ao “pai” do Serviço Nacional de Saúde, o deputado frisou que a unidade “está próxima do rácio teórico de médicos de família (sete), no entanto, este número pode não corresponder à realidade dado que, alegadamente, mais de metade do pessoal médico se encontra de baixa médica, de algum tempo a esta parte”.
Da reunião decorrida no dia 4 de maio com a ARSLVT, onde estiveram presentes a presidente da concelhia do PS, o vereador João Reis e a líder de bancada do PS da Assembleia Municipal, foram demonstradas todas estas preocupações.
O PS pretende que o executivo camarário dinamize a realização de um protocolo entre a ARSLVT e a Santa Casa da Misericórdia do Cadaval, para dar resposta alternativa a estes problemas.