O apagão começou por volta das 11h30 em Portugal. Até ao momento, a causa exata do apagão não foi oficialmente determinada. Autoridades portuguesas e espanholas descartaram a hipótese de ciberataque ou sabotagem, após investigações preliminares dos centros nacionais de cibersegurança.
Uma investigação independente será liderada por especialistas de um país terceiro, com participação dos operadores de rede portugueses, espanhóis e franceses.
O restabelecimento da energia nas Caldas da Rainha aconteceu pelas 20h00. Em alguns concelhos em redor aconteceu momentos antes ou nas horas seguintes. Por exemplo, em Óbidos, segundo a Câmara, verificou-se pelas 19h40, enquanto que em Peniche os residentes dizem ter sido pelas 22h10.
Ao longo do dia foi possível constatar na cidade das Caldas da Rainha uma corrida sobretudo aos postos de abastecimento e supermercados, mas poucos estavam disponíveis. Aliás, os automobilistas referiram a dada altura só estar a funcionar a bomba do E.Leclerc, por possuir gerador, o que originou grandes filas.
Nos supermercados também houve filas de clientes à procura de bens essenciais – pão, água, fraldas, enlatados e papel higiénico foram os mais procurados. Houve espaços comerciais e serviços públicos a fecharem.
Devido à falha de energia elétrica o INEM ativou o seu plano de contingência e manteve os seus sistemas, telefónico e informático, a funcionar com recurso a geradores. Apesar de garantir que todas as chamadas com origem no Número Europeu de Emergência – 112 foram atendidas e o tempo médio de atendimento situou-se nos 40 segundos, várias pessoas queixaram-se de que não conseguiram estabelecer contacto.
Entretanto, a Unidade Local de Saúde do Oeste informou que, na sequência do restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em toda a sua área de influência, os serviços encontram-se a funcionar com normalidade.
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha anunciou ter ativado o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC).
O Município garantiu que manteve em prontidão equipamentos de apoio, como geradores e meios alternativos de comunicação, mobilizou todos os recursos humanos e materiais disponíveis para assegurar a assistência à população e garantir a continuidade de serviços críticos, priorizou o apoio a unidades de saúde, forças de segurança, sistemas de abastecimento de água, saneamento e serviços sociais, e solicitou o reforço da vigilância das forças de segurança, garantindo a ordem pública.
Assegurou também que manteve a população regularmente informada através dos meios de comunicação municipais e da colaboração com a imprensa local, contudo, ao JORNAL DAS CALDAS não chegou qualquer informação durante o apagão.
Em Óbidos, o Município ativou equipas do serviço de Ação Social no apoio à população mais vulnerável, garantindo também o funcionamento dos serviços essenciais, comunicações e abastecimento de água com recurso a geradores.
As escolas mantiveram o normal funcionamento possível, incluindo o fornecimento de refeições aos alunos.