Os autocarros começaram a operar há duas semanas com uma nova imagem do TOMA, numa altura em que há férias escolares e, por isso, ainda é cedo para poder avaliar se resolve ou não um dos principais motivos que levaram a sua adoção, em detrimento dos antigos mini-bus.
Segundo o presidente da Câmara das Caldas, Vitor Marques, há já algum tempo que tinha sido identificado um problema com o excesso de procura em determinados horários e percursos, principalmente devido ao número de alunos da EB de Santo Onofre que utilizam o TOMA.
“Já não era suficiente para satisfazer as necessidades e muitas vezes ficavam passageiros nas paragens, sem poderem utilizar o TOMA”, contou o autarca.
O serviço tem tido cada vez mais procura, com um aumento de 20 mil viagens de 2023 para 2024, e a criação do passe M (que é gratuito para quem vive, estuda ou trabalha nas Caldas da Rainha) ainda contribuiu mais para isso.
“Uma das sugestões da Rodoviária do Oeste foi a possibilidade de a empresa adquirir material circulante em segunda mão, mas em melhores condições que os mini-bus e de maiores dimensões”, revelou Vitor Marques.
A Câmara concordou com essa sugestão, levando a que os anteriores fossem substituídos pelos autocarros de tamanho médio.
Em vez dos 22 lugares dos mini-autocarros, estas as viaturas têm lotação para 44 lugares. São 28 sentados e 16 em pé.
Entre as várias críticas que são feitas, há quem comente que teria sido melhor reforçar o número de viaturas a circular durante os períodos de maior procura. Até porque há alturas do dia em que são poucos os passageiros.
Na viagem que o JORNAL DAS CALDAS realizou na passada segunda-feira, cerca das 11h00, na Linha Laranja, durante todo o percurso não houve mais do que oito pessoas ao mesmo tempo.
As pessoas que ouvimos também se dividiram nas opiniões, apontando questões como a falta de conforto destes autocarros midi, mas elogiando a sua maior capacidade.
Para Vitor Marques esta foi a melhor forma de acautelar o futuro, tendo em conta que é esperado que cada vez mais pessoas utilizem o TOMA.
No entanto, ao optar por autocarros de maior dimensão que os anteriores, surgem alguns constrangimentos no trânsito e houve duas ruas em que estes deixaram de passar, tendo sido necessário alterado o percurso.
Os maiores problemas são originados por causa de viaturas mal estacionadas, principalmente junto a cruzamentos, e a Câmara já pediu à PSP para intervir junto das zonas mais complicadas. “Se não houve infração às regras de trânsito o autocarro passa à vontade”, salientou Vitor Marques.
O edil caldense sublinha que também têm recebido muitos elogios por esta opção e com algumas sugestões, como a de criar uma aplicação para smartphones do TOMA.
A autarquia e a RDO estão também a estudar a possibilidade de criar uma nova rota para o TOMA, uma vez que as existentes já estão sobrecarregadas e têm uma duração superior ao recomendado.
Está prevista ainda a colocação dos horários em todas as paragens e no final de maio deverá ser apresentada uma candidatura financiamento na aquisição de estruturas de proteção nos locais onde não existem ainda.
Segundo Vitor Marques, a RDO vai também se candidatou a um fundo ambiental para a aquisição de viaturas elétricos e assim também renovar a frota a ser utilizada no TOMA. A poluição causada pelos autocarros movidos a gasóleo também tem sido apontada como uma crítica.