Capitania recomenda distanciamento de tubarões azuis na Lagoa de Óbidos

A Capitania do Porto de Peniche emitiu um aviso a relatar o avistamento na Lagoa de Óbidos de dois exemplares da espécie tintureira/tubarão azul com cerca de dois metros de comprimento, alertando que “desconhecendo-se a sua eventual perigosidade para os humanos, sugere-se manter a devida distância de segurança”.

A Capitania do Porto de Peniche emitiu um aviso a relatar o avistamento na Lagoa de Óbidos de dois exemplares da espécie tintureira/tubarão azul com cerca de dois metros de comprimento, alertando que “desconhecendo-se a sua eventual perigosidade para os humanos, sugere-se manter a devida distância de segurança”.

Foram detetados nas imediações do Cais Palafítico da Barrosa, pedindo a Capitania que “qualquer informação que se julgue pertinente acerca deste assunto, ao nível da segurança de pessoas e bens, deverá ser encaminhada para o piquete da Polícia Marítima de Peniche”.

O avistamento, no passado sábado, foi divulgado publicamente pela Associação de Pescadores, Mariscadores Amigos da Lagoa de Óbidos, que publicou um vídeo no Facebook.

As Câmaras de Óbidos e das Caldas da Rainha relataram que tiveram conhecimento da situação através de Miguel Azevedo e Castro (biólogo e operador turístico na Lagoa de Óbidos) e que “numa situação normal não há razão para alarme”. “Ainda assim, em caso de avistamento, não é recomendável a permanência dentro de água. Estas espécies não devem ser perseguidas, encurraladas ou tocadas, uma vez que, se sentirem ameaçadas, podem ter alterações comportamentais que envolvem risco para as pessoas”, indicaram.

“Embora tradicionalmente vistos como predadores que atacam banhistas, essa imagem cinematográfica dos tubarões não corresponde de todo à realidade e os casos pontuais de acidentes ocorrem noutras latitudes. Na verdade, são espécies frágeis e, na sua maioria, em risco de extinção”, vincaram.

As autarquias indicaram que as duas tintureiras terão aproximadamente dois metros e meio de comprimento e que as imagens registadas por Manuel Torres junto ao Cais Palafítico comprovam que se trata de “uma espécie de tubarão bastante comum nas águas portuguesas (Prionace glauca, vulgarmente conhecido como cação), frequentemente capturado por pescadores, de forma intencional ou inadvertidamente”.

“Apesar de bastante comum nas águas costeiras, a sua presença na zona interior da Lagoa é um evento extremamente raro e deverá ser encarado como casual. O percurso da Aberta até ao Braço da Barrosa terá resultado, muito provavelmente, da atividade alimentar desta espécie que envolve, sobretudo, a captura de peixes pequenos, chocos e lulas”, descrevem as Câmaras.

“O mais provável será que estas duas tintureiras voltem ao mar de forma autónoma (o que já poderá ter acontecido)”, adiantam, recomendando que caso sejam avistadas novamente no interior da Lagoa a observação seja reportada à Capitania do Porto de Peniche e ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) para que possam ser resgatados e devolvidos ao mar.

Os Municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos informaram a Autoridade Marítima, o ICNF e o Comando Sub-Regional do Oeste da Proteção Civil.

Miguel Azevedo e Castro refere que o mar em frente à Foz do Arelho está cheio destas espécies e as duas que entraram na Lagoa devem ter ido em busca de alimento. “Este tipo de tubarão é muito comum nas nossas costas, onde por vezes penetram nos estuários. Sendo peixes de águas abertas dificilmente sobreviverão nos baixios e zonas de maré da Lagoa de Óbidos, onde provavelmente serão capturados por redes ou mortos por encalhe na maré vazia. Não constituem um perigo direto para seres humanos, no entanto, o seu manuseio ou toque deve ser evitado de modo a prevenir eventuais acidentes”, relatou.

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