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CCC cheio numa grande festa ao 16 de março

Foi um grande sucesso o concerto “As Portas da Revolução” que encheu o grande auditório do CCC – Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, integrado nas comemorações da autarquia do 49º aniversário do 16 de março. Com o intuito de comemorar o primeiro movimento revolucionário saído de Caldas da Rainha a 16 de […]

Foi um grande sucesso o concerto “As Portas da Revolução” que encheu o grande auditório do CCC – Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, integrado nas comemorações da autarquia do 49º aniversário do 16 de março.

Com o intuito de comemorar o primeiro movimento revolucionário saído de Caldas da Rainha a 16 de março de 1974, a porta de entrada para a revolução que viria a acontecer no dia 25 de abril do mesmo ano, os músicos caldenses Nelson Rodrigues (voz e guitarra), Luís Agostinho (acordeão e piano), Nuno Ferreira (bateria e percussão) e António Macedo (baixo), juntaram-se nesta comemoração à liberdade, contando ainda com Carlos Bigodes e Manuel Machado, da Benedita, que já é hábito cantarem as músicas que marcaram o dia da revolução em Portugal.

O reportório foi composto por temas do período pré revolução, de Sérgio Godinho, Fausto, José Afonso e Adriano Correia de Oliveira. As duas músicas que tocaram de António Mafra foram lançadas já depois do 25 de Abril mas falam de “coisas que aconteceram antes da revolução”, contou o vocalista Nelson Rodrigues, adiantando que “tentámos ir buscar as músicas que achei que que refletem os sentimentos e o lado mais humano do que era viver a época, sem entrar muito nas canções com mensagens políticas”.  

Nova banda: “Capitão Nelson e a Coluna das Caldas”

No meio do concerto a vereadora Conceição Henriques subiu ao palco e lançou o repto aos músicos para criarem uma nova banda nas Caldas, sugerindo designar-se “Capitão Nelson e a Coluna das Caldas”. “Era a nossa intenção marcar o 16 de março com uma atividade cultural que invocasse uma época muito importante para as Caldas da Rainha, porque o 16 de Março é realmente só nosso”, apontou a autarca, destacando que o concerto “foi buscar músicas da época com pessoas das Caldas”.

A vereadora garantiu que para o ano “a mesma banda voltará a atuar no CCC, até porque se assinala o 50º aniversário do 16 de Março”.

“Lançámos o desafio e temos uma casa cheia de pessoas que vieram para ouvir música de intervenção e é bom saber que a canção também serve para estarmos todos do lado certo da história, que é a liberdade, fraternidade e alegria”, concluiu Conceição Henriques.

No final, Luís Agostinho chamou ao palco o cantor Fernando Pereira, que estava na plateia, e todos cantaram “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, um dos “hinos” da Revolução de Abril. “O povo é quem mais ordena! O povo é quem mais ordena!”, foi a resposta de todo o CCC, que acompanhou os músicos.

Fernando Pereira, que tinha 15 anos quando aconteceu a revolução, recordou que esteve no Terreiro do Paço e no Chiado no dia 25 de abril de 1974. Lembrou ainda que com alguns colegas de escola gastaram o dinheiro que tinham “em sandes para os militares de dois pelotões do regimento de Santarém que manifestaram que estavam com fome”. “Passadas algumas horas a PIDE disparou alguns tiros para a multidão que estava na Rua António Maria Cardoso em frente ao Teatro São Luís e eu vi algumas pessoas morrerem à minha frente”, contou, adiantando que “levei um tiro no braço e que fui para o Hospital de São José”. “À saída do hospital a PIDE prendeu-me e depois de umas pancadas fui para casa”, relatou.  

Nelson Rodrigues, que é músico há cerca de 30 anos, disse que estava a tocar e cantar na Casa Antero quando o presidente da Câmara o convidou para “organizar um concerto para assinalar o 16 de Março”. “Imaginei a banda que está aqui, foram todos a minha primeira escolha e resultou”, salientou o vocalista. 

Nunca imaginou a presença de tanto público e achou ser um “espetáculo extraordinário com uma plateia diversa, com alguns estrangeiros que residem na região que tiveram a curiosidade de ouvir as nossas canções de protesto”, adiantou.

Quanto ao repto de criar uma nova banda, o vocalista admitiu que “há uma possibilidade”.

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No final o cantor Fernando Pereira juntou-se aos músicos

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