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Cineclube das Caldas trouxe Boris Lehman para uma semana de cinema

O consagrado realizador suíço Boris Lehman, de 81 anos, que atualmente vive em Bruxelas esteve nas Caldas da Rainha durante uma semana no início de abril, onde apresentou alguns dos seus filmes no âmbito de uma retrospetiva organizada pelo Cineclube das Caldas da Rainha.

 

A vinda de Boris Lehman à cidade foi possível graças ao convite do cineasta e estudante Guilherme Rocha, responsável pelo Cineclube e atualmente a frequentar o mestrado em Som e Imagem na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR).

“Depois de ver o filme Babel, mandei-lhe um e-mail muito inocente a dizer que gostava dos filmes dele e que gostava que viesse às Caldas”, contou Guilherme Rocha. “No dia seguinte respondeu-me: ‘Claro que sim, estou super entusiasmado, vamos combinar’.”

O convite partiu de um interesse pessoal na obra de Lehman, mas rapidamente conquistou o apoio do grupo que dinamiza o Cineclube: “Começou com a admiração que tinha com a obra dele e o grupo do Cineclube CR achou que seria uma boa programação para este ano”, explicou o cineasta.

Esta retrospetiva integrou-se no sexto ciclo de programação do Cineclube, que apresenta sessões quinzenais com filmes e a participação de realizadores convidados. Foi, no entanto, a primeira vez que contaram com a presença de um cineasta estrangeiro.

Durante a semana, foram exibidos os filmes “Muet Comme Une Carpe”, “À la recherche du lieu de ma naissance”, “Fantômes du passé”, “Histoire de mes cheveux” e “Leçon de Vie”, com sessões a decorrer em vários espaços da cidade, como a ESAD.CR, os Silos e o Museu José Malhoa.

A estadia de Boris Lehman nas Caldas foi também uma oportunidade para conhecer a região. Ficou alojado em casa de Guilherme Rocha e visitou vários locais, entre eles Alfeizerão, onde não resistiu a provar o famoso pão de ló, que o encantou. Sempre com a máquina fotográfica em punho, revelou a sua paixão pela fotografia, uma linguagem que também explora no seu cinema.

Para Guilherme Rocha, a experiência foi marcante. “Foi super interessante passar uma semana com ele”, afirmou, destacando a naturalidade e a proximidade que o realizador transmite. “Os filmes são uma extensão dele próprio”, disse, acrescentando: “Faz cinema há mais de 50 anos sendo apenas ele mesmo. É um cinema feito de amor e amizade, com pessoas e temas que lhe são muito próximos”.

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