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“É preciso criar uma maior consciencialização ambiental na população”

Emídio Sousa fez o seu primeiro ato público como secretário de Estado do Ambiente nas Caldas da Rainha, no âmbito da sessão de abertura da 30ª edição das Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental, que decorreram no Centro Cultural e de Congressos (CCC) entre os dias 19 e 21 de abril.

Diz que aceitou estar presente e que não foi “por acaso” ser a sua primeira sessão pública, porque mostra a importância que o ambiente tem para o novo Governo e sinaliza a importância de criar uma maior consciencialização ambiental na população.

Além das políticas públicas e cumprimento de ações coletivas considera que é “precisamente a partir dos comportamentos que cada um que podemos melhorar a sobrevivência desta causa comum”.

Emídio Sousa, que foi presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, falou da sua experiência anterior como autarca na defesa do ambiente. “Iniciei a atividade na despoluição de linhas de água, abastecimento de água e certa altura também na educação ambiental, portanto, isto é voltar a um processo que conhecia há 30 anos”, contou.

Revelou que o seu sítio preferido é um “pequeno rio perto da minha casa onde nós conseguimos construir um passadiço de cerca de oito quilómetros”. “Ali o rio esteve morto com esgotos e hoje tem trutas, que é o melhor sinal da qualidade da água”, relatou.

O secretário de Estado aproveitou para destacar o trabalho das “organizações não governamentais” nesta área.   

Nas jornadas, que foram organizadas pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), em parceria com o Município de Caldas da Rainha, estiveram presentes mais de 200 pessoas de todo o país.

“Promover a partilha de conhecimento, atualizar práticas e divulgar trabalhos de investigação no campo da educação ambiental em Portugal e internacionalmente”, foi, segundo a ASPEA, o objetivo da iniciativa.

O vice-presidente da Câmara das Caldas, Joaquim Beato, apelou aos participantes “a desfrutar do concelho nomeadamente do Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor, onde se consegue respirar ar puro e recarregar energias”.

Já o diretor do CCC, Mário Branquinho, que também foi orador da sessão de abertura, disse que “pessoalmente este é um momento simbólico ao acolher no centro cultural estas jornadas, num ano em que também se assinala a 30ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, de que fui fundador e diretor”.

Partilhou também a satisfação pelo conjunto de práticas ambientais “introduzidas no funcionamento do CCC e por outro, pela realização de diversas manifestações artísticas introduzidas na programação, ao encontro dos públicos”.

“Uma linha a que associamos sempre a ideia de educação ambiental através das várias áreas artísticas, e do nosso serviço educativo, em nosso entender, cada vez mais importantes e decisivas na capacitação dos jovens e crianças e desenvolvimento do respetivo pensamento crítico”, salientou.

“Damos muito relevo à educação pela arte, neste caso, com foco na temática ambiental”, adiantou.

A abertura oficial do evento contou ainda com a participação do presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, Joaquim Ramos Pinto, do vice-presidente do conselho Diretivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, José Alho, do diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente, Francisco Teixeira, o delegado Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Pedro Florêncio, e de uma representa da Direção-Geral da Educação, Sílvia Castro.

A sessão contou com um momento artístico pela Escola de Dança das Caldas da Rainha.

Para realizar estas jornadas, a ASPEA e a autarquia contaram ainda com o apoio do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, da Associação de Defesa do Paul de Tornada), da Quercus, da Liga para a Protecção da Natureza e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.

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