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Exercício de resgate de náufragos na Foz do Arelho

Um simulacro de busca no mar e resgate junto às rochas foi realizado no passado sábado na Foz do Arelho. Foi testada a resposta ao salvamento de dois náufragos que deram à costa, numa zona de praia de difícil acesso.

Um simulacro de busca no mar e resgate junto às rochas foi realizado no passado sábado na Foz do Arelho. Foi testada a resposta ao salvamento de dois náufragos que deram à costa, numa zona de praia de difícil acesso.

“Chegou à capitania do porto de Peniche o pedido de socorro da embarcação ‘Aurora Maris’, que se encontra a norte da Foz do Arelho. Populares contactaram o 112, informando que avistaram duas pessoas junto às rochas, vindas do mar. Na comunicação ‘mayday’ foi informado de que haveria quatro pessoas a bordo, pelo que duas estão desaparecidas”.

Esta é a narrativa que potenciou o simulacro que envolveu a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Autoridade Marítima Nacional, os Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Caldas da Rainha e a GNR, e que encerrou o exercício Caldex’24.

Organizado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil em colaboração com várias entidades que prestam socorro, incluiu simulacros de incêndios, roubo de automóvel e acidente de viação, para testar a resposta nestas situações.

Neste último exercício, o miradouro da Rua Visconde de Morais, na Foz do Arelho, concentrou o posto de comando, a cargo do responsável da Autoridade Marítima Nacional, comandante da capitania do porto de Peniche, Nuno Moreira, que fez sair meios do Instituto de Socorros a Náufragos e Polícia Marítima na tentativa de localizar os dois náufragos desaparecidos.

“Foi também empenhada uma aeronave da Força Aérea, que não foi possível operar aqui porque estava numa operação de situação real em buscas noutra área [em Vila Nova de Gaia]”, relatou Nuno Moreira.

Quanto aos náufragos que apareceram junto às rochas, os bombeiros trataram de resgatar as vítimas que apareceram numa pequena praia de acesso pela falésia. Foi necessário descer e subir a longa escarpa, mas os feridos foram resgatados com sucesso.

“A equipa especial de salvamento técnico por cordas do corpo de bombeiros das Caldas da Rainha foi ativada e usámos técnicas consoante o ângulo da falésia”, explicou o chefe Rui Faria, coordenador da equipa de bombeiros.

“Tínhamos duas vítimas, uma em estado crítico, que foram avaliadas pela equipa. Procurámos interligar procedimentos entre as várias entidades”, relatou.

Este simulacro de resgate serviu para limar arestas para preparar o socorro quando for necessário no concelho das Caldas da Rainha, sublinhou Gui Caldas, responsável do Serviço Municipal de Proteção Civil.

“Tratou-se de mais um exercício útil inserido no Caldex’24, que tem como objetivo celebrar a efeméride do Dia Internacional da Proteção Civil, e também testar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil de Caldas da Rainha. É nestes treinos que as coisas têm de falhar e é bom que aconteçam para que num cenário real estejam mais polidas”, referiu.

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