Gastronomia e atividades náuticas no Festival da Lagoa

A primeira edição do Festival da Lagoa na Foz do Arelho, que decorre até 1 de maio, está a contribuir para a promoção e desenvolvimento das atividades náuticas e dos produtos endógenos, constituindo-se como “uma aposta no sentido de implementar uma estratégia que permita viver a Foz do Arelho na época baixa combatendo a sazonalidade do território”, disse o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vitor Marques.

A primeira edição do Festival da Lagoa na Foz do Arelho, que decorre até 1 de maio, está a contribuir para a promoção e desenvolvimento das atividades náuticas e dos produtos endógenos, constituindo-se como “uma aposta no sentido de implementar uma estratégia que permita viver a Foz do Arelho na época baixa combatendo a sazonalidade do território”, disse o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vitor Marques.

“A ideia de dinamizar o Festival da Lagoa foi excelente e fazia falta um evento deste género fora da época alta”, disse ao JORNAL DAS CALDAS Miguel Castro, coordenador da Intertidal – Natureza & Aventura, na Foz do Arelho, empresa que dinamizou no domingo a atividade de stand up paddle (SUP) integrada na iniciativa. “Na época alta já temos muito trabalho. O problema é todo o resto do ano em que nós, empresários do turismo local, temos algumas dificuldades em conseguir superar os invernos”, adiantou.

Para uma primeira edição do festival Miguel Castro disse que “está bem”, mas sugere que para a próxima a comunicação do evento saia um pouco mais cedo e com mais informação, porque muitas pessoas “pensavam que as atividades eram gratuitas”. Também em relação aos restaurantes houve quem pensasse que “havia bancas com várias iguarias da lagoa”, contou.

O JORNAL DAS CALDAS falou com o coordenador da Intertidal no passado domingo durante a atividade de SUP, que contou com a presença do caldense e pivô da SIC Notícias, Cláudio França, que se estreou na modalidade. O jornalista disse que foi um desafio que aceitou “com agrado, especialmente por ser na lagoa da minha terra”.

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Stand up paddle com o pivô
Cláudio França dinamizado por Miguel Castro

Cláudio França considera que faz todo o sentido “ter uma iniciativa que liga o desporto, cultura e gastronomia ao mar e à Lagoa, porque são marcos do nosso concelho”. O jovem caldense, que vive em Lisboa, mas vem a Caldas passar os fins de semana com a família, espera que este festival “seja a rampa de lançamento para mais iniciativas destas e que as pessoas possam perceber como é bom visitar a cidade e a Foz do Arelho”.

O dinamizador da atividade explicou que utilizaram o SUP para chegar às pessoas que “não só praticam a modalidade como descobrem a Lagoa de Óbidos, provam algas e plantas comestíveis e ainda identificam os bivalves e toda a vida marinha que vamos encontrando”.

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Bicicletas aquáticas – novidade da Intertidal

“As nossas atividades têm sempre uma componente, científica, histórica, etnográfica e cultural”, adiantou Miguel Castro, que revelou que como novidade tem este ano oito bicicletas aquáticas. “É uma atividade desportiva e lúdica nova, segura, estável e onde as pessoas não precisam de molhar os pés para andar”, explicou.

Gastronomia da Lagoa

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Amêijoa à bulhão de pato com raia confitada (Cais da Praia)

Enguias, amêijoa, berbigão, mexilhão, são alguns dos petiscos disponíveis nos restaurantes que aderiram ao Festival da Lagoa.

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Berbigão (Cocos Veggie e Tal)
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Amêijoa (Pátio dos Amigos)

Emanuel Minez, responsável do Cais da Praia aderiu ao Festival da Lagoa com um prato, onde pegou na “amêijoa à bulhão pato, que é dos ‘best sellers’ da nossa região, com uma raia confitada em azeite, batatas assadas e legumes da época salteados”.

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Gin que tem salicórnia da Lagoa de Óbidos (7ª Vaga)

“No Cais da Praia pensamos sempre nas nossas ementas de uma forma sustentável, e nada melhor do que conseguir dar a oportunidade aos frutos da nossa Lagoa”, salientou.

O empresário considerou o Festival da Lagoa como uma “ótima promoção gastronómica local e uma oportunidade para mostrar ao turismo que frequenta a nossa região os produtos endógenos da nossa lagoa”.

Ricardo Figueiredo, do Cocos Veggie e Tal, aderiu ao evento com um prato de berbigão “com cebolada”. “Apesar de não ser a nossa especialidade, o berbigão é um produto endógeno da Lagoa e dos produtos menos procurados pelos turistas, que procuram mais a amêijoa”, contou.

Marco Marques, responsável pela Cabana do Pescador, disse ao JORNAL DAS CALDAS que por norma já tem no cardápio vários pratos com os produtos da Lagoa. No entanto, para o festival está a promover as enguias (ensopado ou fritas). “Dada a nossa localização trabalhamos com muitos pratos derivados da Lagoa e do mar”, sublinhou, acrescentando que o festival é uma ideia “pioneira e sempre bem-vinda para promover o território”.

André Gesteiro, empregado do restaurante no Nadadouro, Pátio dos Amigos, disse que promovem durante o ano os produtos da Lagoa porque normalmente têm “pescadores que trazem os produtos frescos, que são a imagem da casa”.

Nádia Machado, responsável pela 7ª Vaga, também aderiu ao festival, onde começou a comercializar a “Ginbassa”, um gin de Óbidos e Alcobaça criado a “partir de maçã de Alcobaça, salicórnia da Lagoa de Óbidos, entre outros produtos.

Eta empresária realçou que “mesmo depois de terminar o evento devia haver animação na avenida do mar para atrair mais pessoas”.

Os restaurantes aderentes da Foz do Arelho são ainda Café Central, Inatel Foz do Arelho, O Gronho, Tibino e no Nadadouro o Eels Beef&Co e Porta 54.

O festival foi enriquecido com música ao vivo nos bares e restaurantes e outras atividades ligadas à Lagoa.

O Rancho Folclórico Esperança na Juventude do Nadadouro atuou em alguns restaurantes.

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