Instalação de circo no Parque D. Carlos I causa polémica

A instalação da tenda do circo Arena no Parque D. Carlos I, no âmbito da programação de animação de natal nas Caldas da Rainha, está a ser criticada por várias pessoas e a motivar alguma polémica nas redes sociais.

A instalação da tenda do circo Arena no Parque D. Carlos I, no âmbito da programação de animação de natal nas Caldas da Rainha, está a ser criticada por várias pessoas e a motivar alguma polémica nas redes sociais.

No entanto, para o presidente da Câmara, Vitor Marques, e para o presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, Pedro Brás, não há razão para temer estragos no Parque.

De acordo com o regulamento do Parque D. Carlos I e da Mata Rainha D. Leonor, a União de Freguesias é responsável pela conservação e proteção de espaços verdes, árvores e restante vegetação, e compete-lhe, ainda, promover a vegetação autóctone, sob supervisão da Câmara das Caldas e da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Recorde-se que o Parque foi concessionado pelo Estado central à Câmara das Caldas, em 2015, por 50 anos.

Segundo Pedro Brás, não foi pedido nenhum parecer à DGPC para a instalação do circo, embora este vá ficar no local até janeiro. “Eu penso que não era necessário pedir nenhum parecer. Está instalado numa clareira e não foi preciso retirar nenhuma árvore”, salientou.

De acordo com o autarca, o circo era para ficar na zona das estufas, junto ao parque da Parada, mas não havia condições para isso e decidiram mudar a localização para onde acabou por ficar.

Todo o processo de montagem foi acompanhado e a União de Freguesias até “teve o cuidado” de retirar provisoriamente o portão de entrada, para que os camiões pudessem entrar sem causar danos.

Circo faz parte da “Aldeia de Natal”

A instalação do circo foi uma ideia da União de Freguesias e faz parte “Aldeia de Natal” que estará no Parque no âmbito do “Caldas, Natal Encantado”, organizado em parceria com o município e a ACCCRO – Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste.

A publicação de fotografias da montagem do circo, na zona do parque de merendas, no Facebook do empresário João Jales, suscitou muitas críticas.

Num dos comentários, Maria das Mercês Matos, que foi professora de biologia na Escola Secundária Raul Proença, refere que ficou sem palavras perante o que viu. “Lutei vários anos para tentar consciencializar os políticos responsáveis para a riqueza do património existente e a preservar, inclusive trazendo a reuniões investigadores e botânicos das universidades de Lisboa e Coimbra”, salientou.

O presidente da Câmara considera que o maior impacto terá sido durante a montagem e foi isso que suscitou as críticas, mas garantiu que irão ficar no Parque menos viaturas do que aquelas que estiveram durante este período. De qualquer forma, o pessoal do circo vai ficar a pernoitar nas roulottes junto à tenda. “Claro que têm de ficar lá a pernoitar, são as casas deles”, referiu o presidente da União de Freguesias.

O circo tem uma lotação máxima de 600 pessoas e por isso os autarcas entendem que o impacto será menor que em outros eventos. Vitor Marques referiu que a tenda vai ser também utilizada para outros espetáculos e concertos, durante o período natalício.

Na opinião do presidente da Câmara, logo que o circo comece a funcionar, a 30 de novembro, quem critica vai perceber que não há razões para preocupação.

“É normal as pessoas contestarem e respeito as opiniões. Tanto criticam por fazer, como por não se fazer”, comentou Pedro Brás, acrescentando que só no final será possível ver “o que foi feito”.

Vitor Marques aproveitou para informar que a próxima Feira do Cavalo Lusitano já não se irá realizar no Parque D. Carlos I, passando a ficar no Parque Urbano junto ao Cencal.

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