Jardim Bordalo assinala a importância da Revolução dos Cravos

Inserido nas comemorações do programa dos 50 anos da Revolução dos Cravos do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro (AERBP), foi inaugurado o Jardim Bordalo no passado dia 23, na escola secundária das Caldas da Rainha, onde estão expostas flores de cerâmica em diferentes modelos e cores feitas pelos professores, alunos e auxiliares de ação educativa.

O Jardim Bordalo da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro recebeu na cerimónia inaugural 50 cravos alusivos ao dia da liberdade, que foram colocados pelos delegados de turma como representantes de todos os alunos. 

Segundo explicou a subdiretora do Agrupamento, Maria João Dias, o jardim foi iniciado no ano passado com o apoio da comunidade escolar e “as flores que fazem parte deste jardim também foram produzidas manualmente na escola com a colaboração de todos”.

A subdiretora destacou não só o ato simbólico que recorda a importância da Revolução dos Cravos como “a requalificação do espaço onde foi criado o jardim, que estava um pouco degradado”. Realçou ainda o facto de “ser um jardim sustentável porque não precisa de rega”. 

O objetivo é que o Jardim Bordalo “cresça todos os anos no 25 de Abril e fique ainda mais bonito”. 

Aysha Vieira, natural do Brasil e que está a viver em Portugal há cinco anos, diz que sente neste país “muito mais liberdade do que no Brasil”. “Nós aqui conseguimos expressar muito mais o sentimento do que no meu país. Este dia para mim significa liberdade para poder realizar os meus objetivos de vida”, referiu.

Documentário com testemunhos sobre o 25 de Abril

Ainda no âmbito da comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos decorreu no Auditório Professor Paulo Vasques a apresentação do documentário “O trabalho e os dias”, projeto realizado no âmbito do convite que foi dirigido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ao AERBP para integrar o projeto “Escolas à Descoberta de Abril’.

O vídeo foi realizado no ano passado e consiste na recolha de testemunhos, por parte dos alunos com o apoio dos professores, junto da geração que viveu antes, durante e após o 25 de Abril de 1974.

O documentário será colocado num servidor disponível no CNE e o respetivo site será de acesso aberto à comunidade educativa e à sociedade em geral. “Foram desafiadas 50 escolas a nível nacional para descobrir o que foi o Abril de 1974 e o vídeo integra o testemunho de pessoas das Caldas da Rainha que viverem o antes, durante e após a revolução”, disse o diretor do AERBP, Jorge Pina.

“Teremos assim um acervo com produtos concebidos e desenvolvidos por jovens de todo o país que descobriram porque é que o 25 de Abril é um bem precioso na nossa vida social, política e cultural”, adiantou o responsável.

A coordenadora do projeto é a docente de história Rute Carvalho, que contou com o apoio da professora Cristina Menezes. As filmagens ficaram a cargo dos alunos do curso profissional de Técnico de Audiovisuais.

“Fomos uma das 50 escolas convidadas e constituímos uma equipa de trabalho e o produto foi feito com alunos e famílias que vieram à escola dar o seu testemunho”, contou a coordenadora do projeto.

O documentário “O trabalho e os dias” tem 15 testemunhos das Caldas e um do concelho de Peniche.

A primeira parte do projeto envolveu um questionário online às pessoas que participaram no vídeo e só depois é que procederam às entrevistas gravadas. “Esse questionário deu a informação necessária que estruturou os temas que abordámos no documentário, que faz um desenho daquilo que era a realidade do concelho das Caldas”, referiu Rute Carvalho.

Segundo a professora, “há testemunhos importantes de como viviam, como eram as condições de trabalho numa fábrica e como eram os ordenados”. “Temos o testemunho de uma enfermeira das Caldas que faleceu mas ainda deu o seu contributo e faz um retrato absolutamente fantástico do que era a neonatologia e faz ainda uma descrição da cidade das Caldas, dos bairros de lata, da inexistência de hábitos de higiene e dos cuidados primários”, relatou Rute Carvalho.   

Algumas testemunhas estiveram presentes na apresentação do documentário.

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Aysha Vieira colocou um cravo no Jardim Bordalo
 

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