Começam na próxima semana os trabalhos de recolha das lamas do lago do Parque D. Carlos I, após os quais será feita a lavagem do recinto e terá início o processo de enchimento com água da nascente da Mata Rainha D. Leonor.
Este ano a União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório decidiu mandar analisar as lamas que são retidas no lago. Habitualmente é necessário pagar a uma empresa especializada para a sua retirada, o que implica um custo de cerca de 20 mil euros.
“Quisemos ver se era possível poupar esse dinheiro ao erário público e se as lamas poderiam ser retiradas por nós”, explicou Pedro Brás.
As análises acabaram por comprovar que os detritos “são dejetos animais e que não são contaminantes”, mas mesmo assim este ano ainda tiveram de contratar uma empresa para a sua retirada.
O processo de análise fez com que todo o processo fosse mais demorado, o que motivou alguns protestos.
“Como esvaziámos mais cedo e houve este atraso, é normal que as pessoas tivessem notado uma diferença”, comentou Pedro Brás.
Em relação às espécies que normalmente estão no lago, o presidente da união de freguesias garantiu que estão devidamente protegidas.
Após uma queixa, o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR esteve no local, tendo apurado que os animais não estavam em stress e que na ilha do lago tinham acesso a água. Os peixes estão em reservatórios, com oxigenação da água, na zona das estufas.