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Luís Montenegro no Cadaval na iniciativa “Sentir Portugal”

Nos dias 2 e 3 de novembro, a iniciativa do PSD “Sentir Portugal” dedicou-se à distrital de Lisboa Área Oeste, com a presença do presidente do partido, Luís Montenegro, que visitou a região e um dos concelhos onde esteve foi o Cadaval.

Nos dias 2 e 3 de novembro, a iniciativa do PSD “Sentir Portugal” dedicou-se à distrital de Lisboa Área Oeste, com a presença do presidente do partido, Luís Montenegro, que visitou a região e um dos concelhos onde esteve foi o Cadaval.

O líder do PSD foi ao centro interpretativo da Serra de Montejunto e ao monumento nacional da Real Fábrica do Gelo, e esteve na cooperativa frutícola Coopval, maior produtor de pera rocha da região.

No almoço com empresários do concelho, Luís Montenegro destacou que o Governo “não faz os investimentos necessários”, apontando como exemplo o Plano de Recuperação e Resiliência. “Enquanto os 26 estados-membros estão a aplicar o dinheiro na transformação e capacitação das suas economias, em Portugal está-se a usar esse dinheiro para fazer os investimentos públicos que até agora ficaram na gaveta”, manifestou.

O presidente do PSD pediu aos portugueses que nas eleições europeias “deem ao Governo o sinal que o Governo precisa nesta fase, um cartão alaranjado para, de uma vez por todas, se despedir da fase em que levou Portugal ao empobrecimento, levou Portugal para a cauda da Europa, levou Portugal para uma situação em que temos impostos máximos e serviços públicos mínimos”.

No seu entender, “é preciso castigar o Governo com um voto noutras forças políticas”.

Recordando que António Costa está em funções há oito anos como primeiro-ministro, Luís Montenegro defendeu que em áreas como a educação, saúde ou habitação as políticas seguidas “não surtiram efeito”.

“Esta política está errada. Esta política produziu maus resultados, portanto, é preciso mudar de política. Ou Governo muda de política, ou país tem que mudar de governo. Não há outra hipótese”, sustentou.

“O Governo está numa fase de negação ou grande atrapalhação, porque eu percebo que possa ser muito frustrante chegar ao fim de oito anos e perceber que as políticas resultarão exatamente no contrário daquilo que se cria”, acrescentou.

Luís Montenegro acusou o Governo de estar “muito fechado numa redoma à volta da sua maioria absoluta” e não estar a ver “o essencial”: “O país está hoje claramente em estagnação”.

Falando sobre o que se passa na saúde, o líder do PSD não tem dúvidas que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “chegou a um beco sem saída”. “O problema não é financeiro, é sobretudo de gestão, retenção e atração de recursos humanos”, apontou, considerando que a situação “não se vai resolver a curto prazo e é fruto do fracasso das políticas públicas dos últimos oito anos”.

As declarações do diretor-executivo do SNS, sobre a possibilidade do mês de novembro ser “o mais dramático dos 44 anos do SNS”, foram recuperadas pelo social-democrata, que lamentou este “rasgo de verdade”.

O dirigente partidário disse que o problema do acesso aos cuidados só se resolve “garantindo a todos os cidadãos a uma igualdade de tratamento, isto é, não privilegiando os ricos que têm dinheiro para ir para soluções alternativas em detrimento daqueles que não têm essa condição e que vão para as portas dos hospitais públicos e dos centros de saúde esperar, esperar, esperar e desesperar por uma resposta”.

“Nunca tantos portugueses tiveram de recorrer como hoje a seguros de saúde, nunca tantos portugueses foram clientes dos equipamentos privados de saúde. Ora, isso faz criar um desequilíbrio entre os setores que está a prejudicar aqueles que não têm meios para sair da oferta específica do SNS”, salientou.

Sobre o Orçamento do Estado de 2024, segundo a agência Lusa, Montenegro criticou o Governo socialista por “simular uma baixa de impostos”, com as descidas previstas no IRS, compensadas por subidas de outros impostos, como o Imposto sobre Produtos Petrolíferos ou o Imposto Único de Circulação.

No primeiro dia do programa Sentir Portugal na região Oeste, em Arruda dos Vinhos, esteve na reunião da Comissão Política Permanente do PSD e almoçou com produtores vitivinícolas. Em Sobral de Monte Agraço visitou a sede do Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral e o Centro de Saúde do concelho, onde comprovou a falta de médicos para os utentes existentes. Seguiu depois para Torres Vedras, onde visitou a empresa Cerâmica Outeiro do Seixo, viajou de comboio na Linha do Oeste e inaugurou a nova sede distrital PSD Oeste/Secção Torres Vedras.

Luís Montenegro iniciou o segundo e último dia do programa no concelho de Alenquer, numa visita ao Mercado Municipal.  Depois deste contacto com a população local, o líder social-democrata visitou os Bombeiros Voluntários da Merceana, onde foi confrontado com a dificuldade de transporte de doentes para hospitais mais distantes, devido aos condicionalismos existentes nas unidades de saúde da região.

Depois do Cadaval, prosseguiu o seu périplo na Lourinhã com um encontro com empresários do concelho, onde se destacou a queixa de falta de infraestruturas necessárias para se atraírem empresas para a região. 

Numa conversa com jovens, a habitação, a saúde e a educação foram os grandes temas que estiveram em cima da mesa.

O dia terminou com um jantar na Atalaia (Lourinhã), que juntou mais de quinhentos militantes e simpatizantes do PSD.