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Memória de Peixe de Miguel Nicolau lança terceiro disco

O projeto musical alternativo criado pelo caldense Miguel Nicolau, Memória de Peixe, lançou recentemente o seu terceiro álbum, que marca um novo capítulo no percurso da banda.

Com o título “III”, o disco parte da premissa original que funde rock, jazz e espaço para o improviso, mas conta agora com dois outros elementos, para além de Miguel Nicolau.

O guitarrista e produtor nascido nas Caldas da Rainha, mas que reside atualmente em Lisboa, está agora na companhia de Filipe Louro (baixo) e Pedro Melo Alves (bateria e eletrónica).

O agora trio “apura a sua sensibilidade pop”, como refere a apresentação do disco, nos 11 temas do álbum e aposta “numa forte dimensão visual e conceptual, num encontro entre sons orgânicos e eletrónicos, e imagens e narrativas que convivem em forma de canção”.

O primeiro videoclip, para o tema “Good Morning” com realização de Miguel Nicolau, esteve entre os quatro finalistas da sétima edição dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa, cuja final teve lugar a 3 de abril no Coliseu dos Recreios. O prémio de melhor videoclip foi atribuído a “Laurinda”, de Karetus com Vitorino e Iolanda.

“Este é um projeto multidisciplinar e multigénero que vai muito além das convenções musicais. Não nos condicionamos a um só estilo”, explicou o caldense ao JORNAL DAS CALDAS.

Há uma clara aproximação à experimentação e fusão que existe no jazz, com passagem pelo pop e o rock.

 

Das Caldas para o mundo

 

Miguel Nicolau nasceu em 1986 nas Caldas da Rainha, onde estudou até finalizar a licenciatura em Som e Imagem na ESAD. Depois de se licenciar foi trabalhar para uma produtora em Lisboa.

Desde os 10 anos que o caldense toca guitarra e teve sempre um grande interesse na música. Na adolescência fez parte de várias bandas de garagem e, entretanto, começou a integrar grupos já com alguma projeção. Participou em projetos como Loto (Alcobaça), Gomo (Caldas da Rainha) e Norton (Castelo Branco), entre outros.

Aos 25 anos, criou os Memória de Peixe que teve várias influências musicais e que também tem um pouco do “caráter multidisciplinar do curso que tirei na ESAD”, explicou o músico.

A ideia base é a chamada “memória de peixe”, a qual durará pouco e que no caso da música do grupo se repete em “loops” de guitarra de oito segundos. “Comecei a construir as músicas dessa forma e sem muito espaço para uma letra, por isso nasceu como um projeto instrumental”, explicou.

Canções para iluminar o presente e o futuro

 

Em relação ao sucessor dos álbuns anteriores, “Memória de Peixe” (2012) e “Himiko Cloud” (2016), foi produzido pelo grupo, com gravação de Nuno Monteiro, no Bela Flor Estúdios, e de Miguel Nicolau, no Estúdio Mãe do Céu, em Lisboa.

A mistura deste disco ficou a cargo de Pedro Ferreira (Estúdio Mãe do Céu) e a masterização de Miguel Pinheiro Marques (Arda Recorders). Lucas Benarroch assina a capa e o artwork.

Com o carimbo da Omnichord Records, “III” tem edição em vinil, limitada a 300 exemplares, dos quais 50 são uma edição especial colorida, para além de estar à venda nas habituais plataformas digitais.

Será também lançado em cassete, pela Ticket To Ride Records.

Fazem parte do disco canções épicas, melódicas e introspetivas como em “El Vuelo”, onde um pássaro voa tão alto que ultrapassa os limites da realidade, e em “The Sun Inside Your Eyes”, um instrumental que nos sugere o clímax crescente da paixão.

Pretendem transmitir “mensagens luminosas num momento em que o futuro da humanidade é incerto, através de histórias de fantasia, imaginários distópicos e personagens fictícias”.

Outros temas convidam à dança eou aos ambientes noctívagos deambulantes de “Not Tonight”, por onde ecoa o saxofone de José Soares.

Em “Under The Sea” contam com a participação de Norberto Lobo, a assumir o papel de crooner que canta o amor.

Para a banda, este terceiro disco “fala sobre recomeço e é uma promessa luminosa de esperança, um convite a imaginar mundos melhores e uma maior consciência coletiva, sem nos rendermos à distopia emergente”.

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