Mundial de surf em Supertubos e no Molhe Leste

A etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf arrancou na passada quarta-feira em Supertubos, em Peniche, mas só prosseguiu no domingo, devido às condições adversas da meteorologia, o que não impediu a presença de milhares de fãs da competição.

A etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf arrancou na passada quarta-feira em Supertubos, em Peniche, mas só prosseguiu no domingo, devido às condições adversas da meteorologia, o que não impediu a presença de milhares de fãs da competição.

Ainda antes do início foi anunciada a renovação do contrato entre a Liga Mundial de Surf e a operadora Meo, o que garante a prova em Portugal durante os próximos dois anos.

O país tem acolhido consecutivamente (excepto nos anos da pandemia de Covid-19) uma etapa da elite mundial desde 2009, que tem sido disputada na praia de Supertubos.

A prova portuguesa é a terceira etapa do circuito mundial, depois das duas provas decorridas no Havai (Estados Unidos), podendo decorrer até 16 de março. Seguem-se Bells Beach (26 de março a 5 de abril) e Margaret River (11 a 21 de abril), ambas na Austrália.

Depois, apenas os 22 melhores classificados do quadro masculino (dos 36 iniciais) e as 12 melhores mulheres (de 18) continuarão a lutar pelo título mundial, com etapas no Tahiti (22 a 31 de maio), El Salvador (6 a 15 de junho), Brasil (22 a 30 de junho), Fiji (20 a 29 de agosto) e o dia das finais, em que competem os cinco primeiros de cada quadro, na Califórnia (Estados Unidos), entre 6 e 14 de setembro.

No que diz respeito à edição de 2024 de Supertubos, começou com a chamada do surfista local de apenas 17 anos, Matias Canhoto, para substituir o detentor de onze títulos de campeão do mundo, o norte-americano Kelly Slater, lesionado. O jovem assumiu a vaga e ultrapassou a primeira ronda no segundo posto da terceira bateria, com um total de 6,80 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (5,00 e 1,80), atrás do australiano Callum Robson (9,17) mas à frente do norte-americano Griffin Colapinto (4,83).

O único português que integra o circuito mundial, Frederico Morais, avançou diretamente para a próxima fase da prova, ao ganhar a sua bateria. ‘Kikas’ fez 13,10 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (7,17 e 5,93), batendo o brasileiro Yago Dora (11,80) e o australiano Liam O’Brien (7,90).

O campeão nacional Joaquim Chaves, de 20 anos, recebeu um ‘wild card’ (convite) para a competição. Foi terceiro na sexta bateria, com um total de 7,77 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (4,60 e 3,17), sendo superado pelo australiano Jack Robinson (14,76) – vice-campeão da edição de 2023 – e pelo norte-americano Crosby Colapinto (11,20). Foi obrigado a disputar as repescagens e foi eliminado, ao ficar no terceiro e último posto, com 10,33 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (6,50 e 3,83), atrás dos norte-americanos Griffin Colapinto (14,80) e Jake Marshall (11,46).

Na segunda-feira deixou de haver portugueses em prova, uma vez que Matias Canhoto e Frederico Morais foram eliminados nos 16 avos de final.

Matias Canhoto fez 7,40 pontos (3,73 e 3,67) e foi batido pelo australiano Jack Robinson, com 11,90 (6,00 e 5,90), na nona bateria.

‘Kikas’ perdeu frente a Yago Dora, na oitava bateria da terceira fase, fazendo 13 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (6,83 e 6,17), contra os 15,77 (9,00 e 6,77) do brasileiro.

Ambos os atletas lusos terminaram o Meo Rip Curl Pro Portugal no 17.º lugar, enquanto Joaquim Chaves foi 33.º, entre 36 surfistas.

No quadro feminino, a campeã nacional e ex-campeã mundial júnior Francisca Veselko (20 anos) foi contemplada com um convite para competir nesta terceira etapa do circuito mundial, mas teve de esperar até domingo porque a organização decidiu parar a prova devido ao agravamento das condições meteorológicas, com o vento forte e desfavorável a prejudicar a formação das ondas na praia de Supertubos.

A prova recomeçou na praia do Molhe Leste, mesmo ao lado, mas mais abrigada do vento e da ondulação forte.

Na sua estreia na competição, ‘Kika’ Veselko fez 8,67 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (5,90 e 2,77), enquanto a norte-americana Caroline Marks, campeã mundial, marcou 10,50 e a havaiana Gabriela Bryan pontuou 8,83.

A jovem lusa de 20 anos ficou no terceiro e último lugar e foi relegada para as repescagens e aí despediu-se do evento, ao terminar no terceiro e último lugar da primeira bateria da ronda de eliminação, com 7,07 pontos (em 20 possíveis) nas duas melhores ondas (3,57 e 3,50), atrás das norte-americanas Caitlin Simmers (11,90) e Lakey Peterson (11,07). Francisca Veselko foi 17.ª, entre 18 atletas.

A australiana Molly Picklum, líder do ranking da Liga Mundial de Surf (WSL), e a norte-americana Caitlin Simmers, vencedora da prova de Peniche em 2023, foram também eliminadas no domingo.

Novo recorde de maior onda na Praia do Norte

O brasileiro Lucas Chianca, mais conhecido como Lucas Chumbo poderá entrar para o Livro dos Recordes se se confirmar que a onda gigante que surfou no dia 24 de fevereiro na Praia do Norte, na Nazaré, foi a maior do mundo alguma vez surfada.

A altura da onda é estimada entre 27 e 30 metros, estando a ser feitas as certificações com base nas imagens captadas do momento.

A Nazaré tem as maiores ondas surfáveis do mundo. O havaiano Garrett McNamara colocou a vila no mapa a 1 de novembro de 2011, quando estabeleceu o recorde mundial da maior onda alguma vez surfada, com 23,77 metros.

O brasileiro Rodrigo Koxa melhorou a marca de McNamara em 8 de novembro de 2017, também na Nazaré. Surfou uma onda com 24,38 metros (mais 61 centímetros) na Praia do Norte e estabeleceu um novo recorde do Guinness com base no registo fotográfico do momento.

O alemão Sebastian Steudtner voltou a bater o recorde em 2020, surfando uma onda de 26,21 metros.

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