A fundadora e líder do partido Nova Direita, Ossanda Liber, esteve em campanha nas Caldas da Rainha, na manhã de 29 de fevereiro, em conjunto com o cabeça de lista por Leiria, Luís Pires, e militantes.
Depois de serem recebidos pela vereadora Conceição Henriques, na Câmara das Caldas, a comitiva seguiu pelas ruas da cidade até à Praça da Fruta, entrando em contato com a população e falando das suas propostas para o país e para a região.
“Quisemos vir dizer que queremos crescer nesta zona e que somos uma entidade de colaboração para o que for necessário”, começou por explicar aos jornalistas Ossanda Liber, em relação à sua deslocação à Câmara das Caldas.
“O nosso candidato é das Caldas e isso é um grande privilégio para nós porque conhece bem a realidade local. Nós queremos aproveitar isso da melhor maneira, sobretudo no sentido construtivo”, adiantou.
Na sua opinião, o facto de o executivo ser independente “facilita bastante, por não ter um cariz partidário e estar mais aberto” a outras opiniões “para poder fazer avançar os projetos e as causas das Caldas”.
Uma das causas mais relevante discutida neste encontro foi a da construção do novo hospital. Luís Pires foi um dos elementos do movimento “Falo pela tua saúde”, o qual defende a construção do novo hospital do Oeste nas Caldas da Rainha e é essa a mesma posição do partido. “A luta continua, só que agora erguendo a bandeira da Nova Direita”, sublinhou Luís Pires.
Questionada em relação à posição do partido sobre a imigração, Ossanda Liber explicou que defendem que “é preciso saber se as pessoas que querem vir para Portugal correspondem aos nossos défices económicos e perceber qual é a sua proximidade cultural com o país”.
A presidente do partido entende que “é normal que o país privilegie quem esteja culturalmente próximo de Portugal”.
Ossanda Liber considera que os imigrantes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), como é o seu caso, têm mais facilidade na integração em Portugal. “Têm a mesma língua e partilham, em parte, a mesma cultura e são cristãos, na sua maioria”, afirmou.
Na sua opinião, os serviços consulares portugueses devem “fazer este filtro”.
Embora considere que seja necessária imigração, “a massa produtiva portuguesa ainda não está a ser suficientemente aproveitada porque temos 350 mil desempregados, ou seja, 350 mil pessoas que não trabalham e questionamos porquê”.
Por outro lado, “temos uma Função Pública com 750 mil cidadãos que não funciona” e algumas dessas pessoas poderiam ser encaminhadas para o mercado de trabalho “porque bem fazem falta”.
Em relação à imigração oriunda de países asiáticos que tem vindo a ser utilizada maioritariamente em explorações agrícolas, Ossanda Liber disse ser normal que os empresários queiram “quem lhes faça o trabalho a menor custo possível”
Por isso, “não podemos imputar responsabilidades aos empreendedores pelo facto de terem pessoas que lhes batem à porta a pedir emprego, que são mais baratas e muitas vezes menos exigentes em direitos laborais, mas que fazem o trabalho sem qualquer dificuldade”.
A Nova Direita pretende que os imigrantes que venham dentro das condições que defendem sejam recebidos com dignidade.