A situação foi descoberta num “procedimento de rotina dos serviços financeiros”. “Andamos numa fase de sistematização, alteração dos procedimentos e detetou-se que havia qualquer coisa que não estava a bater certo e analisámos, nomeámos uma comissão de investigação interna, que está a fazer o trabalho”, explicou o presidente.
Este responsável adiantou que as suspeitas foram comunicadas “ao Ministério Público na mesma altura”, sendo que a pessoa envolvida nesse procedimento que suscitou dúvidas “foi afastada de funções”. Questionado sobre o valor das alegadas irregularidades, o presidente do Politécnico de Leiria referiu que a comissão interna ainda não terminou o trabalho. “A comissão começou a trabalhar em agosto, tem estado a ouvir muitas pessoas, a analisar processos de vários anos, para perceber se isto foi uma situação esporádica ou se tem impacto para trás”, declarou, esclarecendo que só quando a comissão fechar o processo – o que deve acontecer este mês – é que vai ser possível “quantificar, exatamente, qual foi – se é que foi – o valor dessas irregularidades, estes pagamentos indevidos”.
Ainda segundo Carlos Rabadão, o que desencadeou este processo “foi uma irregularidade relacionada com um pagamento que não foi confirmado por uma estudante na altura”, sendo que estão a ser auditados “todos os processos de mobilidade que se verificaram nos últimos dez anos”. “Mas este caso que espoletou a situação foi de alguma inconformidade entre o que está registado no sistema e o que a estudante nos disse, mas temos de ouvir as duas partes e perceber o que é que, efetivamente, aconteceu”, o trabalho que está a ser feito pela comissão de investigação, indicou.
O programa Erasmus foi entretanto informado, tendo em conta “esta fuga de informação para a comunicação social”.