Se houve movimento marcante na literatura portuguesa posterior ao 25 de Abril de 1974, foi o de uma afirmação crescente de escritoras que, em diversas formas literárias, dão conta do processo de emancipação da mulher no nosso país. Na poesia, isso tem sido particularmente evidente nestas duas primeiras décadas do século XXI.
Rosa Oliveira, nascida em Viseu, em 1958, foi professora no ensino superior politécnico. Revelou-se como poeta com o livro “Cinza” (2013), ao qual se seguiram “Tardio” (2017), “Errático” (2020) e “Desvio-me da bala que chega todos os dias” (2021).
Recebeu os prémios Primeira Obra do P.E.N. Clube Português, em 2014, e o Prémio Literário Fundação Inês de Castro, em 2017.
Tem colaboração dispersa por várias revistas literárias, tais como a Relâmpago, Colóquio-Letras, Suroeste (Espanha), Eufeme, Logos, Nervo e Meteöro (Brasil).
Poemas seus integraram as antologias “Voo Rasante” (2015), “Os cem melhores poemas portugueses dos últimos cem anos” (2017), “Manu Scripta”, “Mujeres Poetas – Voces de Portugal y Mexico” (México, 2018) e “Sombras de porcelana brava – Diecisiete poetas portuguesas” (Espanha, 2020). É ainda autora dos ensaios “Paris 1937” (1996) e “Tragédias Sobrepostas: sobre “O Indesejado” de Jorge de Sena” (2001), tese de mestrado concluída em 1991.