“A verdade dói” sensibiliza para a erradicação da violência contra as mulheres

O Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, inaugurou na passada sexta-feira a exposição “A verdade dói”, uma instalaçãoque traz a público a história de 28 mulheres, que sofreram na pele os mais variados tipos de violência. A iniciativa, que seinsere no âmbito do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”, que se […]

O Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, inaugurou na passada sexta-feira a exposição “A verdade dói”, uma instalação
que traz a público a história de 28 mulheres, que sofreram na pele os mais variados tipos de violência. A iniciativa, que se
insere no âmbito do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher”, que se celebrou a 25 de novembro,
pretende “sensibilizar o público para uma das temáticas mais complexas da nossa sociedade”.

A mostra, que foi cedida pelo Museu do Calçado e pelo Município de São João da Madeira, resulta de uma parceria com a
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e integra-se no âmbito de uma estratégia mais alargada que a Direção
Regional de Cultura do Centro (DRCC) tem para desenvolver este ano. “Sendo a ‘educação’ uma das funções museológicas e
a cultura um dos pilares do desenvolvimento sustentável das nossas comunidades”, para a Diretora Regional de Cultura do
Centro, Suzana Menezes, “receber esta exposição nas nossas instituições culturais é da maior relevância, tanto mais que a
DRCC e os serviços dependentes estão representados num conjunto de comissões nacionais de trabalho que têm
precisamente como objetivo colocar na agenda pública e social assuntos estruturantes”.
Destas Comissões saliente-se, particularmente, a participação da DRCC na Comissão Nacional dos Direitos Humanos e nos
grupos de trabalho da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação 2018-2030, da Estratégia Nacional para os
Direitos da Criança e do Plano Nacional para a Juventude.
“A verdade dói”, segundo Suzana Menezes, conta “uma infindíssima parte de milhares de histórias que constituem o dia-a-dia
de várias mulheres que são violentadas de diversas formas”. Composta por 28 histórias, que retratam mais de dez formas de
violência contra a mulher, “A verdade dói” convida o público a “calçar os sapatos” de cada uma dessas mulheres.
“Seja que de forma for é de violência que falamos nesta exposição, mas também de direitos humanos que não estão a ser
respeitados”, frisou a responsável.
O objetivo desta exposição, segundo Suzana Menezes, é o “não silêncio perante estas histórias e estimular a sensibilização do
público para uma das temáticas mais complexas da nossa sociedade”. “Hoje são sapatos, que devemos tentar calçar na defesa
da preservação da vida das vítimas, em que somos coletivamente corresponsáveis quando nos calamos e fazemos de conta
não ver”, apontou a diretora da DRCC, adiantando que “ao trazer esta mostra para aqui quisemos precisamente visibilizar
dentro do museu um dos temas que é mais estruturantes na desagregação da nossa sociedade”.
Aproveitou ainda a ocasião para lançar um repto à comunidade, que “nos ajude a ser voz de todas estas histórias, mas
sobretudo a sermos ativistas na defesa das mulheres”.
Para a diretora dos Museus José Malhoa e da Cerâmica, nas Caldas da Rainha, e do Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré,
Nicole Costa, “a exposição marca de uma maneira muito emblemática a presença de temáticas sociais no âmbito das
exposições e ações do museu, para um diálogo mais profundo com as necessidades sociais da comunidade contemporânea”.
Presente na inauguração da exposição esteve a presidente da Assembleia Municipal de São João da Madeira, Clara Reis, que
destacou que “este projeto de parceria é fundamental para o desenvolvimento da nossa cultura, no sentido certo”.
Joaquim Beato, vice-presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, referiu que “este é um tema que nos preocupa a
todos e que devemos continuar a sensibilizar toda a comunidade para qualquer tipo de violência que possa existir sobre
qualquer pessoa”.
A exposição, que pode ser visitada gratuitamente até ao final do mês de fevereiro de 2023, também tem como intenção ser “um
espaço de mediação cultural, contribuindo para a reflexão e o debate entre diferentes públicos, sobretudo, os mais jovens”.

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