Em 2023, as Jornadas Europeias do Património (JEP) dedicam-se ao património vivo e a associação Património Histórico – Grupo de Estudos preparou três percursos orientados pela cidade das Caldas da Rainha para conhecer o seu património.
No dia 22 de setembro, às 18h, a associada Joana Beato Ribeiro guiará o percurso “Um assistente da Rainha D. Leonor: patrimónios da ação de Fernando da Silva Correia, que iniciará no estacionamento do Parque D. Carlos I.
Entre 1921 e 1934, o médico Fernando da Silva Correia acumulou vários cargos que conduziram a assistência aos caldenses e que promoveram o desenvolvimento sanitário e termal da vila (elevada a cidade em 1927). Destes 13 anos de experiências, que culminaram na sua tese de doutoramento “Portugal Sanitário (Subsídios para o seu estudo)” (1938), ficar-se-á a conhecer o património existente nas Caldas da Rainha, revisitando sítios bem conhecidos do quotidiano: Rua Rafael Bordalo Pinheiro, Praça da República, Rua Sebastião de Lima, Largo Conde de Fontalva e Largo Rainha Dona Leonor.
No dia 23 de setembro, às 14h30, a associada Margarida Araújo guiará o percurso “Marcas da cerâmica na cidade”, com início na Estação de Caminhos de Ferro das Caldas da Rainha.
Num percurso orientado pelas ruas da cidade das Caldas da Rainha, pretende-se dar uma visão global da forte presença de azulejos de diferentes épocas, bem como outras marcas da atividade fabril e artística da região.
No mesmo dia 23, às 17h, a associada Isabel Xavier orientará o percurso “Jardins da Água de Ferreira da Silva: o património contemporâneo em perigo”.
A obra de Ferreira da Silva, os “Jardins da Água”, rompendo esteticamente com a expressão tradicional do meio cerâmico caldense, aliando à cerâmica o vidro e o ferro, numa mestria técnica notável, revisitando de forma contemporânea a fundação termal da cidade, está votada ao abandono. Falta-lhe a água de que (também) é feita, morre literalmente de sede e é alvo de vandalismo crescente.
Nesta visita será interpretada a obra, contada a sua história e alertado para o perigo em que se encontra, tendo em consideração que se trata de uma marca da contemporaneidade na paisagem urbana das Caldas da Rainha.
Os percursos são livres, bastando comparecer.