Os trabalhos de remoção da embarcação de pesca “Avô Rita” que estava encalhada na praia do Molhe Leste, no concelho de Peniche, terminaram com sucesso no dia 14 de março.
A operação durou dez dias e segundo a Autoridade Marítima Nacional, que colaborou na ação, “decorreu sem problemas de segurança, tendo a embarcação sido atracada no estaleiro de Peniche, deixando de constituir um eventual foco de poluição naquela zona balnear”.
Nesta ação estiveram envolvidos diariamente oito elementos da Polícia Marítima de Peniche, apoiados por duas viaturas, tendo as operações sido coordenadas pelo comandante da Capitania do Porto de Peniche e sido desenvolvidas após apresentação do plano de desencalhe apresentado pelo armador do barco.
A embarcação, com seis pessoas a bordo, tinha encalhado na madrugada de 2 de março, quando regressava da faina a caminho do porto de Peniche.
Na sequência de um alerta dado pelas duas da manhã, foram ativados de imediato para o local meios náuticos e tripulantes da Estação Salva-vidas de Peniche, elementos da Polícia Marítima, da Proteção Civil e dos Bombeiros Voluntários de Peniche.
À chegada ao local, constatou-se que a embarcação se encontrava encalhada a trinta metros do areal da praia e que os tripulantes, do Peru, Guiné-Bissau e Indonésia, conseguiram sair da mesma pelos próprios meios, tendo sido assistidos e três deles, incluindo o mestre, transportados para o hospital por precaução, com sinais de hipotermia. Após observação médica tiveram alta horas depois.
Devido às condições meteorológicas que se faziam sentir, os objetos da embarcação, assim como diversos destroços foram dar à praia, tendo os elementos da Câmara Municipal de Peniche, com o apoio da Proteção Civil e dos elementos do armador da embarcação, realizado as operações de limpeza.
Foi contactado o armador da embarcação para apresentar um plano de remoção, não tendo sido registado nenhum indício de poluição.
O “Avô Rita” tem um historial de casos de encalhe e de entrada de água a bordo, levando por diversas vezes à mobilização de meios, ao longo dos anos, com mestres diferentes.
O barco, de quinze metros de comprimento e casco de metal, foi construído em 2002 na Figueira da Foz e está matriculado em Peniche.
A grande dificuldade para desencalhar o barco residiu na quantidade de areia que tinha no interior e a forma como estava virado. A embarcação tornou-se uma atração para os visitantes da praia.
