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Emigrante caldense lança segundo livro de crónicas humorísticas

O caldense André Serrenho, que vive há mais de cinco anos na Polónia e que nos tempos livres gosta de escrever crónicas e fazer podcasts e stand-up comedy, vai apresentar no dia 10 de setembro, na antiga Escola Primária da Fanadia, no concelho das Caldas da Rainha, o seu segundo livro, “Trinta por Uma Linha”. […]

O caldense André Serrenho, que vive há mais de cinco anos na Polónia e que nos tempos livres gosta de escrever crónicas e fazer podcasts e stand-up comedy, vai apresentar no dia 10 de setembro, na antiga Escola Primária da Fanadia, no concelho das Caldas da Rainha, o seu segundo livro, “Trinta por Uma Linha”. Esta obra, composta por “setenta e três crónicas curtas, que não obedecem a nenhuma sequência lógica”, consiste num livro “mais virado para o humor desde o início ao fim do que o primeiro”.

O caldense de gema mudou-se para a capital quando ingressou no curso de Geografia e Planeamento Regional na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e mais tarde, depois de estar apto para conhecer as capitais de todos os países, decidiu partir para o estrangeiro. Atualmente, André Serrenho vive na Polónia, se bem que durante os últimos dois anos passou bastante tempo em Portugal, onde aproveitou as viagens entre Varsóvia e Caldas da Rainha para escrever o seu segundo livro de crónicas.

Aos trinta anos, o jovem confessou ao JORNAL DAS CALDAS que continua à procura da sua vocação, “uma jornada que até então tem sido inglória”, e como tal tem-se dedicado ultimamente à escrita de livros de crónicas, podcasts e stand-up comedy. Seguiu a “enorme vontade de mudar de rumo, uma vez que já andava há bastante tempo a adiar a decisão de me atirar de cabeça para o mundo da escrita humorística”, sublinhou André Serrenho.

Ao contrário de “Do Berço ao Caixão”, o “’Trinta por Uma Linha’ é um livro muito mais virado para o humor desde o início ao fim”, explicou o jovem caldense, adiantando que a obra também é “mais ponderada e foi escrita com maior rigor ao longo dos últimos dois anos”.

Para o “eterno colecionador de carreiras falhadas que vão sugando todo o tempo e dinheiro”, a escrita deste segundo livro foi “sem dúvida um exercício criativo, mas, sobretudo, um exercício de crescimento pessoal”. Um exercício, que segundo o autor caldense, tentou combater alguns dos seus maiores medos, como o medo da exposição, o medo de ser ele próprio e o medo de realmente de usufruir da sua total liberdade de expressão.

O livro é composto por setenta e três crónicas curtas, que abordam “a idade dos trinta anos e temas sensíveis, complexos e suscetíveis de gerar discussões acesas”. Contudo, “deve sempre ser tido em conta de que se trata de um livro de crónicas humorísticas cujo objetivo não é ofender deliberadamente nenhum dos seus leitores”, apontou o autor, esclarecendo que procura com “Trinta por Uma Linha” prosseguir a missão da comédia em geral, que é “distanciarmo-nos dos problemas sérios, relativizar a importância da nossa existência e denunciar o mundo do absurdo para que nos possamos rir dele”.

As crónicas, que não obedecem a nenhuma sequência lógica, mas que são “bastante fáceis e rápidas de ler” também falam sobre “o mundo em que vivemos, as tendências que estamos a seguir e algumas das diferenças geracionais entre os Millennials, os Boomers e a Geração Z”. Torna-se, portanto, “num livro bastante prático para ler numa viagem ou nos transportes públicos, mas impróprio para os leitores mais sensíveis”, referiu o autor.

Os textos têm como base os pontos de vista, peripécias e reflexões pessoais do autor, todos eles escritos, num tom mordaz e sarcástico, na tentativa de desmistificar e desmascarar as incongruências do nosso quotidiano. “O meu pensamento tem vindo a ser cada vez mais atraído pelas questões que para mim não fazem qualquer sentido ou que me custam imenso a compreender, como o facto de continuarmos a ter instituições religiosas a ditar as normas sobre as quais nos devemos reger tendo como premissa meia-dúzia de histórias da carochinha, ou o facto de existirem imensas pessoas a acharem que têm o direito de impor limites às liberdades dos outros, só porque sim, ou então o facto de estarmos todos a ficar alienados, adormecidos e resignados, a seguir tendências de estupidificação em massa, sem que ninguém se pareça importar com isso”, esclareceu o caldense.

Em relação aos temas retratados, André Serrenho disse que “a inspiração para os escolher resultou meramente da minha vontade de os explorar”. “Tudo pode dar uma boa crónica, a partir do momento em que genuinamente sentimos que temos algo a dizer sobre isso. O resto é trabalho e persistência”, explicou o autor.

Além dos textos, cada crónica conta com uma ilustração de Tiago Plácido, que, de alguma forma, está relacionada com o conteúdo do texto. “Desta vez, decidi confrontá-lo com um desafio muito mais ambicioso, o de criar setenta e três ilustrações, uma para cada texto, e ele aceitou o desafio e conseguiu criar todas as ilustrações num estilo muito próprio e coerente com o conteúdo, a energia e o tom da obra”, relatou o jovem caldense, acrescentando que “as ilustrações são sem dúvida um acrescento bastante valioso à obra, que a torna muito mais única e apelativa”.

Para o autor, o lançamento desta segunda obra da sua autoria é “um momento de que me orgulho bastante”. “Apesar de não saber o que o futuro me reserva, sinto que foi mais um passo dado no rumo certo”, frisou André Serrenho, que agora já pode começar a pensar no próximo livro.

Além da escrita de crónicas, o jovem autor também divide o seu tempo entre os podcasts e o stand-up comedy, sendo esta última “um novo caminho e uma das paixões de longa data que já há muito tempo que tinha colocado na minha lista de coisas a fazer”.

O facto de morar em Varsóvia fez com que essa paixão de André tivesse “oportunidade e espaço de emergir” através dos espetáculos de comédia em inglês organizados pela comunidade de residentes internacionais, que têm vindo a criar espaço e oportunidades para os aspirantes a comediantes. “De um modo geral, estou a gostar imenso da experiência de fazer stand-up em inglês em Varsóvia e no futuro é bastante provável que o continue a fazer”, sublinhou.

O livro, que já pode ser adquirido através do site www.trintaporumalinha.net ou através da Amazon, tanto em formato físico como digital e que tem o preço de 15 euros, vai ser apresentado no dia 10 de setembro, na antiga Escola Primária da Fanadia, no concelho das Caldas da Rainha, num evento que terá início às 18h00 e que contará com a participação de convidados especiais, música ao vivo com Mariana & Pedro, sessão de autógrafos, convívio e comes e bebes (a cargo da associação MVC).

A entrada para o evento é gratuita.

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