O músico e compositor Miguel Araújo atua no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha no dia 11 de março, às 21h30, mas devido à grande procura de bilhetes, que levou a considerar já lotação esgotada por existirem apenas quinze lugares livres nos camarotes e um na tribuna (dados de 26 de janeiro), foi marcada uma sessão extra, no mesmo dia, às 18h, para a qual já se está prestes a atingir meia casa preenchida.
Em 2019 o cantor deu a volta ao país numa digressão de auditórios a que chamou de “Casca de Noz”. Sem guião, sozinho no palco, amparado pelos seus instrumentos e pelas suas músicas. A aventura passou pelas principais salas do país e culminou com sessão dupla no Coliseu do Porto. Na altura ainda só ia a meio do que é a sua discografia editada.
“Sinto que já se justifica uma nova temporada. De quando em quando as minhas músicas sentem vontade de se passearem por aí da forma que vieram ao mundo. E eu tenho muitas que ainda não toquei ao vivo”, declarou Miguel Araújo para explicar porque se lançou novamente à estrada com a segunda temporada do espetáculo “Casca de Noz”, que arranca no dia 11 de fevereiro em Famalicão, também com sala esgotada.
Nesta digressão, que até 27 de abril passa por onze localidades (Famalicão, Castelo Branco, Caldas da Rainha, Póvoa de Varzim, Funchal, Coimbra, Estarreja, Leiria, Faro, Almada e Estoril), houve então já a necessidade de marcar um espetáculo extra nas Caldas da Rainha.
Os bilhetes para a plateia, tal como no concerto da noite, custam entre 22 e 25 euros para a plateia, composta por 400 lugares. Na tribuna, atrás da plateia, com 100 lugares, o preço é 15 euros, e nos camarotes, nas zonas laterais no piso superior, com 160 lugares, o preço é 20 euros.
Miguel Araújo acaba de ser distinguido com o Prémio José da Ponte 2023, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), pelo seu sexto álbum, “Chá lá lá”, editado no ano passado, quando o cantor celebrou dez anos de carreira a solo. Antes disso, integrava Os Azeitonas, banda que lançou vários sucessos, como “Quem és tu Miúda”, “Anda Comigo ver os Aviões”, entre outros.
“O disco registou o maior número de vendas nacionais, na semana do seu lançamento, feito histórico alcançado por uma produção independente e vendida diretamente aos fãs através do ‘site’ oficial do artista”, refere o comunicado que anunciou o Prémio José da Ponte, batizado com o nome do ex-baixista, produtor musical e compositor, que foi administrador da SPA e morreu em 2015, aos 60 anos, tendo como principal objetivo distinguir criadores musicais portugueses.
Nas edições anteriores foram distinguidos com o galardão os D.A.M.A., Agir, Capicua, Diogo Piçarra, Márcia, Samuel Úria, Luís Severo e Rita Redshoes.
Para além das canções editadas em nome próprio, Miguel Araújo compõe também para outros artistas, entre os quais Ana Bacalhau, Ana Moura, António Zambujo, Carminho, entre outros.
Em maio de 2012 lançou o seu primeiro álbum a solo, “Cinco dias e meio”. Este álbum conta com sucessos como “Os Maridos das Outras”, que ganhou bastante notoriedade pela melodia simples e original e pela letra divertida, brincando com preconceitos sobre o casamento e as diferenças dos sexos. O single chegou à quarta posição do top português, enquanto o álbum entrou no top 3 das vendas em Portugal.
O sucessor de “Cinco Dias e Meio” saiu em abril de 2014, com o título “Crónicas da Cidade Grande”. Entrou diretamente para o número 1 do top de discos do Itunes e para o top 3 oficial.
Seguiu-se “Giesta”, em maio de 2017, em 2020 “Seja o que for” e em 2021 “Peixe Azul”.
Natural da Maia, de cuja Câmara recebeu a medalha de mérito grau ouro, Miguel Araújo tem 44 anos.
