Volt

Magui Lage, de 25 anos, natural das Caldas da Rainha, é gestora de projetos europeus. Cabeça de lista pelo distrito de Leiria juntou-se ao Volt Portugal no ano passado porque acredita que “a política é a melhor ferramenta que temos para lutar pelos nossos ideais e fazer parte da mudança”. Uma das suas maiores preocupações enquanto jovem é a “ameaça climática que enfrentamos”.

JORNAL DAS CALDAS – O que é mais prioritário para o distrito de Leiria?

Embora seja o 5º distrito mais populoso do país, não tem sido dado o investimento necessário. Qualquer país desenvolvido tem opções de mobilidade sustentável, e em Portugal houve um desinvestimento enorme na linha ferroviária. A linha do Oeste, mais especificamente, não tem as condições ou velocidades necessárias para que as pessoas optem por esta opção de mobilidade em comparação com o uso do carro pessoal. O Volt tem uma estratégia para a modernização da linha do Oeste, com correções de traçado, permitindo velocidades de pelo menos 160 km/h. Queremos também realizar um estudo de viabilidade de nova linha ferroviária Tomar-Ourém-Fátima-Batalha-Leiria.

Temos também medidas para aumentar a acessibilidade à habitação, como a simplificação de processos de licenciamento e o aumento da percentagem de habitação pública com rendas acessíveis.

J.C. – Quais são os projetos para o distrito que vai defender na Assembleia da República?

O objetivo do Volt é fazer subir o nível de vida dos portugueses ao nível médio europeu e para isso é preciso proporcionar as condições certas para as empresas se fixarem em Portugal, através da criação de clusters tecnológicos e inovadores.

No distrito de Leiria, na Marinha Grande existe um cluster na área dos moldes e dos plásticos. Nós queremos implementar “Os Clusters do Futuro”, que integram a visão do projetado Renascimento Industrial Europeu, que permite o recentramento das cadeias de valor que potencialmente irão estruturar a futura economia mundial.

Existem muitos assuntos para resolver em Portugal neste momento, mas penso que um dos mais críticos prende-se com as altas taxas de emigração dos jovens devido aos baixos salários, as rendas inacessíveis e altos impostos associados à falta de oferta de serviços públicos.

J.C. – O ministro da saúde anunciou a construção do novo hospital em Bombarral. Caldas luta para que unidade fique no território caldense e até em conjunto com Óbidos propuseram um terreno. O que defende?

Defendo que o hospital fique no território caldense. Não defendo esta medida com argumentos emocionais, por ser das Caldas da Rainha, mas com argumentos lógicos. Como disse Sérgio Barroso recentemente, a construção do hospital no Bombarral obriga a uma alteração do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT). Para além disso, o local escolhido para a construção do hospital no Bombarral não está coerente com o sistema ferroviário existente da região, o que vai forçosamente implicar que as pessoas continuem a depender do uso do carro pessoal. Nas Caldas, o hospital está relativamente perto da estação rodoviária da cidade que tem ligação com outras inúmeras cidades.

J.C. – Porque é que o eleitor deve votar na sua lista e não em outra concorrente?

O Volt é o primeiro e único partido europeu em Portugal que tem como objetivo aproximar Portugal da União Europeia. É também um partido liberal, social e verde, uma junção única no espetro político português. Acreditamos em medidas que façam a economia crescer e atrair riqueza para o país, sem comprometer o estado social ou o planeta.

J.C. – Qual é a pergunta que nunca lhe fazem e gostava que lhe fizessem? E como responderia?

Gostava que me perguntassem porque me juntei à política.

Juntei-me à política porque me apercebi rapidamente que a política é a melhor ferramenta que temos para lutar pelos nossos ideais e fazer parte da mudança. Uma das minhas maiores preocupações enquanto jovem é a ameaça climática que enfrentamos como sociedade.

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